No artigo anterior, fiz a review do openSUSE Tumbleweed, mas com uma instalação com EXT4, sistemas de arquivos que mais uso e tive melhor experiência.
Hoje vou testar o openSUSE Leap 15.1(GNOME) com Btrfs, e verificar como é a funcionalidade de rollback via snapshots criados pelo Btrfs.
Um pouco da minha experiência:
A alguns anos atrás testei o openSUSE em meu laptop e desktop com Btrfs, e minha experiência não foi muito boa, tive alto uso do HD causando lentidão no sistema todo. Ficava meio ressabiado em recomendar este poderoso sistema de arquivos para um usuário comum. Hoje uso com sistema padrão no Fedora Silverblue. Apesar de não usufruir da opção de snapshots, se mostra um sistema de arquivos rápido, confiável, porém moderno e com muitas possibilidades, que espero ver implementadas de forma que o usuário comum possa usufruir, como no caso deste artigo, as Snapshots para fácil rollback.
Então vamos ver como está hoje em dia, fiz a instalação no GNOME Boxes, com 4GB de ram, HD de 24.1GB (no ssd).
Espaço em disco usado por default, após instalar o sistema é de 5.1GB:
Informações após ter instalado o sistema:
Então fiz o primeiro update do sistema, relativamente grande(pois demorou um bocado) via YaST:
Após concluído o update, reiniciei para verificar se estava tudo ok:
Com o sistema atualizado, verifiquei novamente o uso do HD, de 5.1 para 8.1GB:
Até aí nada mal, notei que no grub existe a snapshot em modo apenas leitura (read only)
Entrando nesta opção, selecionei a versão com o kernel anterior:
E dei boot por ela:
Com o sistema iniciado, notei pela versão do kernel que estou usando a snapshot anterior ao update, sendo assim caso tenha quebrado algo após o update, nesta versão voltaria tudo (tudo) como estava antes:
Mas ainda estava com a snapshot read only, então dei o comando “snapper rollback” e o processo levou alguns segundos:
E ele selecionou como default para snapshot 10. Reiniciei novamente e selecionei a primeira opção:
E lá estava, o sistema revertido para a versão inicial:
Para o teste final, fiz novamente o update no sistema, para verificar o uso, ao reiniciar estava em 10.9GB.
Claro, que caso queira, você pode deletar as snapshots antigas para liberar algum espaço, mas creio que hoje em dia, espaço de armazenamento não é problema.
Concluindo, funcionalidade fantástica, por mais que use muito espaço de armazenamento, creio que vale a pena. Se algo quebrou e precisa reverter urgentemente, o sistema já oferece uma solução nativa e relativamente simples. Também pode ser uma boa para quem tem medo de usar um sistema rolling release como o Tumbleweed?
Coisa que todo sistema deveria ter default e de fácil acesso.
Vale lembrar os jogadores que usam Steam, o Btrfs é compatível sim, não é suportado oficialmente pela Valve (apenas EXT4) mas funciona caso queira usar em sua partição de jogos ou coisa do tipo.
Fazendo um comparativo básico do rollback do Fedora Silverblue X openSUSE Btrfs, no Silverblue tem menor uso de armazenamento, e precisa também de apenas 1 comando (rpm-ostree rollback) para reverter, porém não é preciso iniciar pela “snapshot” anterior.
Como mostro neste artigo.
O Fedora Silverblue 31 ocupa 4.8GB, após um grande update ocupa 6.5GB. E após o update, instalando alguns pacotes via rpm-ostree (para ser criado mais um “snapshot”) o sistema ainda consome 6.7GB.
Não notei perda de desempenho no sistema, porém como testei em VM, não é o melhor local para se medir performance.
Correções, atualizações e sugestões mande para fastos2016@gmail.com
mais ótimo artigo
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