Elementary OS 6 BETA – Overview

O “tão esperado”? eOS 6 BETA foi lançado publicamente de graça! e agora está próximo do lançamento estável.

Criei a VM de costume com 4GB RAM, HD virtual de 30GB e 4 CPU’s.

Primeiro boot

Por ser beta e VM ou outro motivo, não teve animação de boot:

Carrega diretamente para configuração de idioma e teclado:

Então é mostrado que existe opção para experimentar ou instalar o sistema:

Escolhi instalação limpa, mas foi para o modo live:

Encontrei o instalador no menu de app’s:

O instalador tem poucos passos e é intuitivo o bastante:

A instalação levou 13 min:

Ao reiniciar novamente pediu para escolher a idioma e teclado. Porém não perguntou nada sobre a localização para o horário, na qual ficou errado o tempo todo:

Porém agora para configurar o nome de usuário, o que pode ser uma boa caso queiram vender o eOS pré instalado em hardwares:

Em seguida, fazer login:

Ao iniciar um setup inicial, inclusive podendo selecionar modo dark (que selecionei para testes):

Tela inicial:

Barra superior:

A notificação de atualizações fica na dock de aplicativos e nas notificações do sistema e me deixou curioso em clicar para ver o que era, imagino que usuários do eOS irão atualizar mais seguidamente o sistema do que LinuxMint users?

Na tela inicial não existe o menu “atualizações” como a GNOME Software, mas existe a notificação com um número na aba “instalado”. Na qual leva para uma tela para atualizar e não mostra app’s instalados enquanto tiver atualizações.

obs: 2.4GB de atualização?

Mandei atualizar:

Você pode verificar mais detalhes das atualizações clicando nelas:

A atualização foi feita em 4 minutos. E o calculo do tamanho da atualização deve ter sido bug, devido a dificuldade de calcular tamanho de udates de flatpak’s. Mostra o máximo teórico de tamanho de download, porém a realidade são alguns kb’s.Também não pediu para reiniciar, o update foram mais sobre app’s do usuário do que sistema em si.

A Central de Aplicativos é elegante na sua pagina inicial:

Porém ao clicar em alguma categoria, ao invés de mostrar os app’s desta categoria, mostra apenas uma opção de “música – reprodutor de músicas”:

Em “Comunicação” apenas o “correio”:

Mas calma! o eOS vem com flatpak’s pré instalados assim como algumas runtimes, o que quer dizer que se integra fácil com Flathub. Apenas clicando em “install” em alguma app do flathub.org

Adicionando Flathub no eOS

Abra o navegador e acesse flathub.org

obs: por algum motivo o navegador não acessou algumas páginas:

Mesmo acessando o Google > Flathub não foi. Não sei se tem haver com a VM ou o navegador, mas nunca vi algo parecido em outros sistemas, pode ser apenas um bug.

Instalei o Firefox via AppCenter. Na qual mostra um botão “Gratuito” ao invés de “instalar”:

Ao clicar em “gratuito” é mostrado uma pequena janelinha dizendo algo como:

“Firefox não é curado pelo elementary e não foi revisado para segurança, privacidade ou integração de sistemas.

Pode não receber correção de bugs ou atualizações de recursos

Pode acessar ou alterar arquivo pessoais ou do sistema sem permissão”

Tirando a última frase que é verdade, as outras são uma mensagem que acharam que serviria para todos os app’s não curados pelo time do eOS.

E no fim, ao meu ver, é apenas exagero ou incorreto. Pois sim, o Firefox recebe e vai receber atualizações, pois este vem do repositório do Ubuntu LTS e seria o mesmo caso instale via Flathub, onde vem direto da Mozilla!

Cliquei em “instalar mesmo assim”:

Ao acessar o flathub.org via Firefox normalmente, cliquei em instalar o Spotify, e abrir com “carregamento lateral (default)”

obs: poderia ser instalador de programas? pois é tradução de “side load”

Em seguida abre brevemente esta janelinha, com a mensagem genérica e errada. Pois se o app não foi curado pelo eOS, a mensagem parte do princípio de que desenvolvedores não revisam a segurança de seus app’s, ainda mais do Flathub, onde tudo é revisado antes de entrar na loja!

É preciso clicar em “compreendo” em uma caixa de diálogo minúscula e em “instalar mesmo assim”.

Eu entendo querer prevenir ou avisar os usuários das consequências de instalar app’s não curados pelos dev’s do eOS. Mas creio que a mensagem ou maneira feita, simplesmente errada e um pouco assustadora para um usuário comum.

Ao clicar em instalar mesmo assim:

A instalação do primeiro Flatpak do Flathub foi feita muito rapidamente, menos de 1 minuto pois o sistema já tem libs / runtimes que o Flatpak compartilha entre app’s.

O seu ícone não apareceu corretamente no dock/plank:

Ao encerrar e fazer login novamente:

Ao acessar a loja novamente, agora mostrará milhares de opções de app’s a mais, provindas do Flathub. A loja separa por “Aplicativos não supervisionados”.

Novamente acho que é feito da maneira errada. Pois os app’s são supervisionados pelo Flathub e seus dev’s, não pelos dev’s do eOS.

Ao meu ver fica parecendo que são app’s mantidos por qualquer usuário, como acontece no AUR do Arch Linux.

Poderá escolher a fonte de download dos app’s:

A verdade é que o máximo de “problemas de falta de curadoria” que você vai ter usando Fathub é na questão visual.

obs: note que o tamanho é mostrado 704MB. Porém isto é o tamanho máximo teórico, o real foi menos de 20MB.

Instalei o Gedit e GNOME Calendário, ambos geralmente ficam quebrados com tema dark, mas não seguem o tema predefinido pelo sistema, nem a cor em destaque (são programas que não ficam muito bem com tema Adwaita Dark).

O tema global parece “respeitar” como os app’s foram desenvolvidos e não o contrário.

Outro programa que geralmente quebra em tema escuro é o GNOME Discos, embora não apareça na loja de app’s, está nos repositórios via terminal.

obs: aparentemente usar o apt com a loja aberta causa crash na mesma:

E parece que o eOS teve maior cuidado em não quebrar visualmente, não apenas pacotes Flatpak’s, mas também pacotes do sistema (.deb). O Discos é um app que geralmente fica visualmente quebrado ao mudar temas:

Como GNOME user achei estranho a tecla super/WinKey abrir o “atalhos do teclado”.

Mas é uma questão de costume e adaptação ao workflow do ambiente. Assim como, talvez KDE Plasma users podem achar estranho não ter desktop ativo, tray de ícones de notificação de app’s de terceiros e os clássicos botões de minimizar/maximizar de janelas Windows like.

Na mesma janela onde muda o papel de parede, poderá mudar para tema padrão / escuro. Assim como luz noturna e cor em destaque.

Também tamanho de texto.

Plus, com opção de acessibilidade para dislexia:

A integração com permissões de Flatpak’s é a melhor atualmente. Nas configurações / aplicativos / permissões, temos o que seria o Flatseal mais simplificado!

obs: dependendo da permissão habilitada / desabilitada pelo usuário pode quebrar algum app, ou impedir de o mesmo abrir.

Áreas de trabalho virtuais

A “visão multi tarefas” é ativada com super + seta para baixo ou no primeiro ícone do dock:

Pode arrastar app’s para a área do lado ou para o “+” em baixo e o mini mapa mostra apenas ícones dos app’s abertos:

Pode percorrer entre áreas de trabalho com super + setas esquerda / direita.

Caso mude para um papel de parede claro, os menus auto ajustam os contrastes:

Navegador Padrão

O GNOME Web ou apenas Web, vem com codec h264 por padrão, significa que pode rodar qualquer vídeo da internet, porém não vai funcionar com sites tipo Netlflix.

Youtube OK

Netflix NOK – terá que instalar outro navegador, como Chrome, Firefox…

Twitch OK

App’s padrão do sistema

Além da Calculadora, Web e Evince via Flatpak. Vem com poucos, porém app’s bem selecionados para um OS moderno.

Como o sistema usa base do Ubuntu 20.04 LTS, vem com drivers Nvidia 460 recentes empacotados pela Canonical. Mas para quem usa AMD/Intel com o tempo pode trazer alguma incompatibilidade com games específicos.

Com o kernel 5.8.0-50 é difícil dizer, mas pode acontecer de compatibilidade com novos hardwares atrasar meses. Embora em tempos de pandemia e dólar altos isto dificilmente seja problema aqui no BR.

Concluindo

Não gostei das mensagens de aviso com o “sideload” apesar de não necessariamente complicar o processo de instalação de app’s de fora do repo da distro.

Outro destaque foi o cuidado em não sair quebrando app’s com tema global, deu aula para outra distribuições de como implementar opções de temas e cores. Apesar de que provavelmente ainda não é perfeita.

Sua escolha de abraçar o Flatpak e não apenas usufruir do Flathub, mas trabalhar em integrações com o sistema e contribuir com a comunidade Flatpak, para no fim oferecer uma boa experiência ao usuário, simplesmente incrível!

E na minha opinião o futuro do eOS pode ser mais incrível ainda, adotando sistema de atualização com Ostree e Wayland em seu compositor (como Silverblue com GNOME).

Já foi dito pelos dev’s que existe uma intenção com estas tecnologias, mas falta pessoal e mão de obra para isso ainda.

Se deseja me dar sugestões, mande para fastos2016@gmail.com ou nas redes sociais.

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