Olá, hoje vou testar o Endless OS!
Endless OS mantido pela empresa (agora fundação) Endless Computers tem o foco principal em mercados emergentes e alfabetização digital. Trás um sistema para a família, priorizando a facilidade e familiaridade para quem já teve contato com outros sistemas também.
Ele trás uma modificação do gnome-shell, atualmente na versão 3.36.0, usando X.org por padrão. Em uma VM com 3GB de ram e resolução 1360×768 iniciou usando 720mb de ram e em um SSD levou aproximadamente 7s no boot.
Seu instalador é estupidamente simples e intuitivo, porem não trás funções de particionamento avançado ou qualquer coisa do tipo.
Requisitos mínimos são:
CPU 64bits
Ram de 2GB (recomendo 4GB+)
GPU (recomendo hd graphics com suporte a opengl 4+) ou dedicada.
Se você possui placa nvidia, o driver proprietário deve ser instalado automaticamente.
Atualmente, com mesa 19.3.3 o que é o suficiente para usuários gamers com AMD/Intel
E para Nvidia 440.64 que também é atualizado o bastante para gamers:
obs: O Endless OS não suporta a tecnologia Nvidia Optimus para alternar entre a placa de vídeo integrada e a placa de vídeo dedicada em sistemas com duas placas de vídeo — apenas a placa de vídeo dedicada será utilizada nesses sistemas
Na primeira inicialização você cria seu usuário/senha e pode fazer login com suas contas online. Baixei a versão básica (tamanho iso 2.2GB) quem vem enxuta porém completa para um uso comum.
Navegador: Google Chrome + Web apps do WhatsAPP, Youtube, Facebook, Twitter e GMAIL.
Multimidia: Videos e Rhythmbox do GNOME
Se tentar rodar videos mp4 no programa de Videos padrão, será recomendado Obter o VLC (já com codec’s) ao invés de instalar apenas os codec’s necessários. Tive informações que a Endless pretende usar estes app’s padrão via Flathub no futuro, fazendo com que não tenha mais este problema com falta de codec’s.
Te levará para o central de app’s para instalação do VLC:
Suite Office: Libre Office
você pode arrastar e agrupar ícones da área de trabalho!
Além de atalhos para instalação do Spotify, Skype e VLC que te encaminham para a “Central de Aplicativos”, onde você terá acesso aos flatpak’s das runtimes próprias do Endless e do Flathub já por padrão, que deixa em fácil acesso, centenas de app’s para o usuário instalar facilmente.
O layout da interface é familiar para quem vem do Windows e para quem só teve uma experiência mobile. Porém não tem atalhos do teclado parecidos. Seu buscador central aparentemente não busca arquivos no sistema, apenas aplicativos ou busca no Google. Não tem áreas de trabalho virtuais e o botão multi tarefas fica bem “escondido”.
Talvez por herança do GNOME e estratégia do sistema pode parecer “limitado” (na verdade são escolhas de design) para quem usa outros sistemas/DE’s em questão de customizações e possibilidades, mas para o uso de pessoas mais leigas em computadores faz todo sentido, assim qualquer um que busca simplicidade/intuitividade.
O EndlessOS usa para a base pacotes do Debian, mas tem seus próprios repositórios (não poderá instalar .deb’s via apt tradicionalmente) além de OStree como sistema de atualização e tornando assim a raiz do sistema imutável (inquebrável) e com upgrades seguros. Flatpak’s na camada do usuário, para seus aplicativos de desktop, podendo adicionar outros repositórios flatpak’s. Funciona parecido com meu atual sistema (Fedora Silverblue) porém com o foco ao usuário comum/leigo etc..
Concluindo, creio que o EndlessOS com certeza deve estar no “top 3 distro para iniciantes”. É um sistema que substituiria facilmente aquele “Linux educacional” que se encontra em algumas escolas aqui no Brasil. Pode ser usado por usuários mais avançados, mas creio que o foco seria mais usuários super leigo, tipo minha avó, mãe…
Resumindo tem a estabilidade do Debian, acessibilidade do GNOME, as possibilidades de app’s recentes com Flatpak e a segurança em updates com Ostree!
Se deseja me enviar sugestões mande para fastos2016@gmail.com ou nas redes sociais.
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